Um Quociente apaixonou-se doidamente por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável, e viu-a, da altura à base... Uma figura ímpar.
Fez da sua uma vida paralela à dela. Até que se encontraram no Infinito.
"Quem és tu?" perguntou ele."Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas podes chamar-me Hipotenusa."
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz, ao sabor do momento e da paixão.
E, enfim, resolveram casar-se. Constituir um lar. Mais que um lar. Uma perpendicular.
Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz. E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro, sonhando com uma felicidade integral e diferencial.
E casaram-se e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos. E foram felizes até àquele dia, em que tudo, afinal, se torna monotonia.
Foi então que surgiu o Máximo Divisor Comum... Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta, e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo. Uma unidade. Era o triângulo, chamado amoroso. E desse problema ela era a fracção mais vulgar.
(Anónimo)
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